Centelha de Alma
- Búzio o Bardo
- 20 de jan. de 2021
- 1 min de leitura

Um cheiro diferente quebra o transe,
desse estado inebriado - o normal.
Nessa mentira contada em tantas noites de peito fundo.
A brisa cessa o seu abraço,
enregela,
evidenciando o desconforto da mutação constante.
O óbvio forçado à ignorância.
Ao entrar, as paredes apertam-me,
o pó nas estantes corta-me a garganta,
e todas as esquinas, outrora familiares, acertam-me.
Onde estão os meus cantos,
pousos e confortos,
semeei anos e anos em vão?
Este era o desígnio!
Segui-o até aqui e agora a concha não é minha?
Estou certo, havia um prazer prometido
estou certo…
disseram…
Somente um desejo. bebe-se o copo em sede, mas, não se ama a água bebida ou o copo vazio. Nada longe do centro é amado.
Esmago a concha em pedaços de mente!
De um murmúrio,
nasce a voz.
De um refúgio,
nasce um sonho.
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